quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vasos de barros

"Temos porém esse tesouro em vaso de barro para que a excelência do poderseja de Deus e não nossa." II Co.4;7

Neste versículo Paulo toca num dos quesitos mais importantes na vida docristão: a humildade. O cristão deve ser um vaso de barro para que ostesouros de Jesus, que estão guardados em nossos corações destaquem-se esejam reconhecidos como bençãos vindas de Deus. Como disse João Batista, umdos maiores profetas da bíblia, “convém que Ele cresça e eu diminua” (Jo3.30).

O maior vilão da Obra do Senhor somos nós mesmos. Todo crente corre o riscode se deixar levar por esses sentimentos ruins e, infelizmente, os artistascristãos tem uma forte tendência a esse mau comportamento. Daí, o trabalho que seria para honra e glória do Senhor perde todo seu foco e torna-se sem sentido.

Um artista cristão, ao contrário de um artista secular, trabalha paramostrar as boas novas de Cristo ao mundo. Não almejamos nem fama, nem ouro enem prata mas sim que a Glória do Senhor se estabeleça em todas as nações.

Não é uma tarefa fácil controlar o próprio ego, mas deixo três dicas quepodem auxiliar neste trabalho:

1) Faça diariamente uma auto-avaliação sobre os próprios atos epensamentos - Opoliciamento constante de nossas atitudes ajuda-nos a controlar os nossossentimentos. Para isso é importante sermos sinceros e capazes de assumirnossos erros e falhas.

2) A prática do jejum, da leitura bíblica e da oração - essas trêsferramentas são muito importantes na formação de qualquer cristão. Aconsagração diária nos torna mais serenos diante das situações e dáliberdade para Deus moldar o nosso íntimo. Quando estamos próximos do Painosfortalecemos, e nossos ouvidos ficam atentos a voz de orientação do Senhor,o que dificultaas ações do inimigo em nossas vidas.

3) Proatividade na obra do Senhor - lembremos sempre quesomos servos dos servos, ou seja, servimos a Deus, a igreja e seusdepartamentos. E como servos dos servos, estamos à disposição da igreja sejapara ministrar um lindo louvor como para limpar o templo, seja para fazeruma abençoada apresentação teatral como para lavar pratos.

Agindo desta forma seremos exemplo não só dentro, mas também fora da igreja.E, onde quer que pisemos, as pessoas verão Cristo em nós.

Coluna Fabricia Silva - Site Guia-me

A Arte Cristã faz a diferença



“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” Romanos 12:2
A arte em geral é a manifestação da vida através de um desenho, melodia, expressão, gesto, etc. A arte cristã é tudo isso e um pouco mais. Através dela Deus fala, liberta, cura e salva vidas. Para isso, basta apenas você ter Deus como seu Orientador Principal e o Espírito Santo como a sua Grande Inspiração.
Toda forma de expressão artística pode tornar-se uma grande e poderosa arma para evangelização e avivamento. Só que, como toda arma, devemos saber usá-la de forma ética e responsável. É importante buscar o conhecimento da técnica artística e também da Palavra para que o ministério se enriqueça mais e mais.
Além disso, nós, artistas cristão, devemos nos conscientizar de três coisas muito importantes:
1. Do nosso comprometimento com Deus - porque nosso Dom foi dado por Ele, e por esse motivo temos o dever de usá-lo para o Bem;
2. Do nosso comprometimento com próximo – porque nosso objetivo é fazer com que as pessoas conheçam a Jesus e tenham suas vidas transformadas por Ele;
3. Do nosso comprometimento pessoal – para ganhar vidas para Jesus devemos ter uma vida consagrada diarimente ao nosso Pai Celestial.
Esses três quesitos são importantíssimos para que Deus nos usem sem restrições.Se vigiarmos e tivermos ciência dessas responsabilidades cristãs, com certeza Deus agirá de forma sobrenatural em nosso trabalho e seremos instrumentos nas mãos de Deus.
E saiba sempre que os detalhes fazem uma grande diferença!
Coluna Fabricia Silva - site Guia-me

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Palhaço é coisa séria



Muitos pensam que ser palhaço é pura brincadeira.
Engana-se os que pensam assim.Ser palhaço é coisa séria!
Pode até não parecer, mas é.
Desde os primórdios, o palhaço é visto por alguns como uma arte menor, um ser bobo.
Palhaço na verdade é o ser mais inteligente da face da terra!
E ele, ao contrário de nós, tem uma grande vantagem: pode ser integralmente sincero. Um grande exemplo disso é o bobo da corte. Se qualquer pessoa do reino chegasse até o rei e falasse algumas verdades, com certeza iria para a forca. Já o bobo, podia falar tudo o que quisesse ao rei que não corria esse risco. Ao contrário! O rei o ouvia, acatava, e até achava graça em tudo aquilo.
Que coisa, não?!
O palhaço é um ser sincero por natureza, que brinca com aquilo que o ser humano adulto despreza. Enquanto nós buscamos a perfeição, o palhaço busca a imperfeição.
Por esse motivo as crianças se identificam tanto com os palhaços de hospitais. Enquanto os adultos que a cercam não respeitam o seu "não", o palhaço respeita. Se ela não aceita a brincadeira e pede para ele ir embora, ele vai. E ela tem a certeza que, no outro dia, ele voltará e perguntará a ela se pode ficar. Se ela aceitar, ele fica.
Ser palhaço não é ser bobo. Ser palhaço é ser sincero e amigo. É respeitar os sentimentos do seu próximo. É brincar com o lúdico, o imaginário.
O adulto é um ser lógico, não aceita ser erros e quer sempre se superar. Já o palhaço, quer apenas ser ele mesmo.
E é por isso que ele encanta tanta gente!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

sábado, 14 de junho de 2008

Mensageiros da Alegria

" Tornaste o meu pranto em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria;para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre."
Salmo 30:11,12

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Princípios - teatro do oprimido


Associação Internacional do Teatro do Oprimido (AITO)
Declaração de princípios

Preãmbulo
1. O objetivo básico do Teatro do Oprimido é o de Humanizar a Humanidade.
2. O Teatro do Oprimido é um sistema de Exercícios, Jogos e Técnicas Especiais baseadas no Teatro Essencial, que busca ajudar homens e mulheres a desenvolverem o que já trazem em si mesmos: o teatro.
O Teatro Essencial
3. Todo ser humano é teatro!
4. O teatro se define pela existência simultânea — dentro do mesmo espaço e no mesmo contexto — de espectadores e atores. Todo ser humano é capaz de ver a situação e de ver-se, a si mesmo, em situação.
5. O Teatro Essencial consiste em três elementos principais: Teatro Subjetivo, Teatro Objetivo e Linguagem Teatral.
6. Todo ser humano é capaz de atuar: para que sobreviva, deve produzir ações e observar o efeito de suas ações sobre o meio exterior. Ser humano é ser teatro: ator e espectador co-existem no mesmo indivíduo. Esta co-existência é o Teatro Subjetivo.
7. Quando um ser humano se limita a observar uma coisa, pessoa ou espaço, renunciando momentaneamente à sua capacidade e à sua necessidade de produzir ações, a energia e o seu desejo de agir são transferidos para essa coisa, pessoa ou espaço, criando, assim, um espaço dentro do espaço: o Espaço Estético. Este é o Teatro Objetivo.
8. Todos os seres humanos utilizam, na vida diária, a mesma linguagem que os atores usam no palco: suas vozes e seus corpos, movimentos e expressões físicas. Traduzem suas emoções, desejos e idéias em uma Linguagem Teatral.

Teatro do Oprimido

9. O Teatro do Oprimido oferece aos cidadãos os meios estéticos de analisarem seu passado, no contexto do presente, para que possam inventar seu futuro, ao invés de esperar por ele. O Teatro do Oprimido ajuda os seres humanos a recuperarem uma linguagem artística que já possuem, e a aprender a viver em sociedade através do jogo teatral. Aprendemos a sentir, sentindo; a pensar, pensando; a agir, agindo. Teatro do Oprimido é um ensaio para a realidade.
10. Oprimidos são aqueles indivíduos ou grupos que são, social, cultural, política, econômica, racial ou sexualmente despossuídos do seu direito ao Diálogo ou, de qualquer forma, diminuídos no exercício desse direito.
11. Diálogoé definido como o livre intercâmbio com os Outros, individual ou coletivamente; como a livre participação na sociedade humana entre iguais; e pelo respeito às diferenças e pelo direito de ser respeitado.
12. O Teatro do Oprimido se baseia no Princípio de que todas as relações humanas deveriam ser de natureza dialógica: entre homens e mulheres, raças, famílias, grupos e nações, sempre o diálogo deveria prevalecer. Na realidade, os diálogos têm a tendência a se transformarem em monólogos que terminam por criarem a relação Opressores-Oprimidos. Reconhecendo esta realidade, o princípio fundamental do Teatro do Oprimido é o de ajudar e promover a restauração do Diálogo entre os seres humanos.

Princípios e Objetivos

13. O Teatro do Oprimido é um movimento estético mundial, não-violento, que busca a paz, mas não a passividade.
14. O Teatro do Oprimido procura ativar os cidadãos na tarefa humanística expressa pelo seu próprio nome: teatro do, por e para o oprimido. Nele, os cidadãos agem na ficção do teatro para se tornarem, depois, protagonistas de suas próprias vidas
15. O Teatro do Oprimido não é uma ideologia nem um partido político, não é dogmático nem coercitivo, e respeita todas as culturas. É um método de análise, e um meio de tornar as pessoas mais felizes. Por causa da sua natureza humanística e democrática, o TO está sendo amplamente usado em todo o mundo, em todos os campos da atividade social como, por exemplo, na educação, cultura, artes, política, trabalho social, psicoterapias, programas de alfabetização e na saúde. No Anexo desta Declaração de Princípios, alguns projetos exemplares são apresentados para ilustrar a natureza e o escopo deste Método teatral.
16. O Teatro do Oprimido está sendo usado em dezenas de países de todo o mundo, aqui relacionados em Anexos, como um instrumento poderoso para a descoberta de si mesmo e do Outro; para clarificar e expressar os desejos dos seus praticantes; como instrumento para modificar as causas que produzem infelicidade e dor; para desenvolver todas aquelas características que trazem a Paz; para respeitar as diferenças entre indivíduos e grupos; para a inclusão de todos os seres humanos no Diálogo necessário a uma sociedade harmoniosa; finalmente, também está sendo usado como instrumento para a obtenção da justiça econômica e social, que é o fundamento da verdadeira Democracia. Em resumo, o objetivo mais geral do Teatro do Oprimido é o desenvolvimento dos Direitos Humanos essenciais.

A ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DO TEATRO DO OPRIMIDO (AITO)

17. A AITO é uma organização que coordena e promove o desenvolvimento do Teatro do Oprimido em todo o mundo, de acordo com os princípios e os objetivos desta Declaração.
18. A AITO cumpre este objetivo inter-relacionando os praticantes do Teatro do Oprimido em uma rede mundial, promovendo a troca entre eles, e o seu desenvolvimento metodológico; facilitando o treinamento e a multiplicação das técnicas existentes; concebendo e executando projetos em escala mundial; estimulando a criação local de Centros do Teatro do Oprimido (CTOs); promovendo e criando condições de trabalho para os CTOs e os seus praticantes, e criando um ponto de encontro internacional na Internet.
19. A AITO tem os mesmos princípios e objetivos humanísticos e democráticos do Teatro do Oprimido, e vai incorporar todas as contribuições de todos aqueles que trabalharem dentro desta Declaração de Princípios.
20. A AITO entende que todos aqueles que trabalham usando as várias técnicas do Teatro do Oprimido, subscrevem esta mesma Declaração de Princípios.

Teatro do Oprimido


No começo dos anos sessenta Boal era diretor do Teatro de Arena de São Paulo. Um dia, durante uma viagem pelo nordeste, estavam apresentando para uma liga camponesa um musical sobre a questão agrária que terminava exortando os sem terras a lutarem e darem o sangue pela terra. Ao final do espetáculo um sem terra convidou o grupo para ir enfrentar os jagunços que tinham desalojado um companheiro deles. O grupo recusou e, neste momento, Boal percebeu que o teatro que realizava dava conselhos que o próprio grupo não era capaz de seguir. A partir de então começou a pensar que o teatro deveria ser um diálogo e não um monólogo.
Até este momento tudo não passava de uma idéia a ser desenvolvida. Somente em 1971 no Brasil, nasceu a primeira técnica do Teatro do Oprimido: o Teatro Jornal. Inicialmente com o objetivo específico de lidar com problemas locais, rapidamente passou a ser usado em todo o país. O Teatro Fórum veio à luz no Peru, em 1973, como parte de um Programa de Alfabetização; hoje é praticado em mais de 70 países. Continuando a crescer, o TO desenvolveu o Teatro Invisível na Argentina, como atividade política, e o Teatro Imagem, para estabelecer um diálogo entre as Nações Indígenas e os descendentes de espanhóis na Colômbia, na Venezuela, no México... Hoje, essas formas são usadas em todos os tipos de diálogos.
Na Europa, o TO se expandiu e veio à luz o Arco-Íris do Desejo — inicialmente para entender problemas psicológicos, mais tarde para criar personagens em quaisquer peças. De volta ao Brasil, nasceu o Teatro Legislativo, para ajudar a transformar o Desejo da população em Lei — o que chegou a acontecer 13 vezes. Agora, o Teatro Subjuntivo está, pouco a pouco, vindo à luz.
O TO era usado por camponeses e operários; depois, por professores e estudantes; agora, também por artistas, trabalhadores sociais, psicoterapeutas, ONGs... Primeiro, em lugares pequenos e quase clandestinos. Agora, nas ruas, escolas, igrejas, sindicatos, teatros regulares, prisões...
Além da arte cênica propriamente, também existe a finalidade política da conscientização, onde o teatro torna-se o veículo para a organização, debate dos problemas, além de possibilitar, com suas técnicas, a formação de sujeitos sociais que possam fazer-se veículo multiplicador da defesa por direitos e cidadania para a comunidade onde o Teatro do Oprimido está a ser aplicado.
Aplicado no Brasil, em parceria com diversas ONGs, como as católicas Pastoral Carcerária [1] e CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), ou movimentos sociais, como o MST, as técnicas de Boal ganharam mundo, sendo suas obras traduzidas em mais de 20 idiomas, e ganhando aplicação por parte de populações oprimidas nas mais diversas comunidades, como recentemente entre os palestinos
Métodos
O Teatro do Oprimido é um método estético que sistematiza Exercícios, Jogos e Técnicas Teatrais que objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes, e a democratização do teatro.
O TO parte do princípio de que a linguagem teatral é a linguagem humana que é usada por todas as pessoas no cotidiano. Sendo assim, todos podem desenvolvê-la e fazer teatro. Desta forma, o TO cria condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de produzir teatro e assim amplie suas possibilidades de expressão. Além de estabelecer uma comunicação direta, ativa e propositiva entre espectadores e atores.
Dentro do sistema proposto por Boal, o treinamento do ator segue uma série de proposições que podem ser aplicadas em conjunto ou mesmo separadamente.
Cumpre ressaltar que todas as técnicas pressupõem a criação de grupos, onde o Teatro do Oprimido terá sua aplicação.